Hall da Infâmia - Cobertura Tie Dye, Copa Das Cores, Colorama.

Nem sempre a primeira ideia é a melhor, né? Acho que foi o que aconteceu com essa coleção.

Na época da Copa de 2014 - leia-se vexame em nível internacional - a Colorama lançou a Copa Das Cores, indo no caminho das coleções temáticas igual Realce, Ludurana, Fina Flor, Risqué... 

O diferencial da Colorama foram as coberturas metálicas tie dye, que prometiam um efeitinho de unha degradê sem muito esforço. Eu, que não posso ver nada diferente já me animei, mas elas eram muito caras no lançamento, logo...deixei passar. Deixo mesmo, esmalte nacional com preço abusivo não me ganha jamais. Acabou que depois de um tempo, encontrei e paguei R$1,00 em cada uma.

Acho que a inspiração para lançar esse acabamento por aqui foi a coleção La Laque Couture Tie & Dye da YSL, que pretendia imitar uma manicure ombré, inspirado pelo festival Coachella e pelas ricas e famosas que curtem esse estilinho mais hype. Os La Laque eram trifásicos, com glitter no fundinho, a cor em si na camada do meio, e a última camada funcionava como extrabrilho. Foram 4 cores: Cool Coat (coral), Pop Coat (pink), Hip Coat (roxo) e Ice Coat (azul klein). Até os nomes eram hypados.

Enfim, o que se disse na época sobre as coberturas brazucas é que, no mínimo, não cumpriam o prometido. De efeito tie dye não tinham nada, era só um borrão de esmalte, porque ele se misturava ao óleo da primeira camada (parece óleo, se alguém souber me dizer com mais propriedade o que é, fiquem à vontade) e virava um meleca só, que o parentesco com os bonitões aí de cima era só a inspiração, mesmo. 

Eu comprei a Cobertura Prata e a Cobertura Bronze, pra ver com meus próprios olhos se era verdade ou mentira. E daí que...

Eu gostei! Sério!

Tá. As fotos de divulgação saem um pouco da realidade, e tem que ter certa habilidade, pinceladas rápidas e se errar, é tirar tudo e recomeçar do zero...e bom, eu não chamaria nem de tie dye, mas o efeito me agradou sim! É meio treta limpar, porque o oléo faz uma baderninha, mas num geral, gostei, sim!

Claro, chata como sou, identifiquei alguns probleminhas: pouco esmalte no fundo do vidro, depois de um tempo isso começou a atrapalhar e dar um falhada no efeito, só vinha óleo. Não adiantou muito sacudir, sabe? Ou faz um pincel melhor ou faz o esmalte trifásico.  

Mas acho de verdade que era uma coisa que só precisava ser pensada com um pouco mais de carinho, pra funcionar, sem afobação. 

Olha lá como ele fica no vidro. Como eu disse, quem sabe com um pouco mais de capricho...

Enfim, mais uma vez essa coluna foi justa, daqui a pouco, mudo o nome pra Hall dos Injustiçados...kkkkkk